O cessar-fogo entre Israel e o Hamas enfrenta uma crise iminente. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que, caso o Hamas não liberte os reféns israelenses até o meio-dia deste sábado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) retomarão os combates intensos na Faixa de Gaza.
Esta declaração surge após o Hamas anunciar a suspensão da libertação de reféns, acusando Israel de violar os termos do acordo de cessar-fogo. Em resposta, Netanyahu afirmou que qualquer atraso na libertação dos reféns constitui uma violação completa do acordo por parte do Hamas.
O cessar-fogo, mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, resultou na libertação de 21 reféns em troca de mais de 730 prisioneiros palestinos. No entanto, as tensões aumentaram após o Hamas acusar Israel de não cumprir os termos estabelecidos, levando à suspensão das liberações.
O presidente dos EUA, Donald Trump, apoiou a exigência de Israel pela libertação imediata de todos os reféns até sábado, sugerindo que o cessar-fogo pode não se sustentar caso o Hamas não cumpra o acordo. Trump também propôs a realocação da população de Gaza para o Egito e a Jordânia, ameaçando cortar a ajuda a esses países caso não cooperem, proposta que foi rejeitada pelo rei Abdullah da Jordânia, que alertou sobre o potencial desestabilizador de tal movimento.
Enquanto isso, familiares dos reféns israelenses vivem momentos de angústia. Idit Ohel, mãe de Alon, que está em cativeiro há 493 dias, expressou preocupação com as condições de detenção e instou o governo israelense a acelerar os esforços para a libertação dos reféns.
O futuro do cessar-fogo permanece incerto, com negociações em andamento e a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos na região.