
Um novo estudo revelou que os microplásticos podem se acumular mais no cérebro do que em outros órgãos vitais, como os rins e o fígado. A pesquisa, realizada por cientistas de uma universidade internacional, aponta que essas partículas minúsculas conseguem atravessar a barreira hematoencefálica e se alojar no tecido cerebral, o que pode ter impactos ainda desconhecidos para a saúde humana.
Os microplásticos são fragmentos plásticos com menos de cinco milímetros de diâmetro e estão presentes em diversos produtos do cotidiano, como embalagens, cosméticos e tecidos sintéticos. Eles chegam ao organismo principalmente por meio da alimentação e da respiração. No estudo, os pesquisadores usaram modelos laboratoriais para analisar a distribuição dessas partículas no corpo e constataram uma concentração significativamente maior no cérebro.
Os cientistas alertam que a presença de microplásticos no cérebro pode estar associada a processos inflamatórios e danos neurológicos, embora os efeitos de longo prazo ainda precisem ser melhor investigados. Além disso, essa descoberta levanta preocupações sobre possíveis conexões com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, que já possuem relação com inflamações crônicas no cérebro.
Diante dos resultados, os especialistas defendem medidas urgentes para reduzir a exposição da população aos microplásticos. Isso inclui a criação de regulamentações mais rígidas para o uso de plásticos descartáveis, além do desenvolvimento de materiais biodegradáveis e alternativas sustentáveis na indústria. A conscientização sobre o descarte correto de resíduos também é essencial para minimizar a contaminação ambiental.
O estudo reforça a necessidade de mais pesquisas sobre os impactos dos microplásticos na saúde humana. Enquanto os cientistas continuam investigando os riscos, recomenda-se que a população adote hábitos que reduzam a exposição a essas partículas, como evitar o uso excessivo de plásticos, filtrar a água potável e priorizar alimentos frescos em vez de processados.