Zelensky admite deixar presidência da Ucrânia em troca da adesão à OTAN

Declaração de Zelensky sobre a OTAN

Declaração de Zelensky sobre a OTAN

Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou estar "disposto" a renunciar ao cargo caso essa seja a condição para que seu país seja aceito na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A declaração surpreendente foi feita durante uma entrevista, destacando a disposição do líder ucraniano em colocar os interesses estratégicos da nação acima de sua permanência no poder.

Zelensky ressaltou que a adesão da Ucrânia à aliança militar ocidental é crucial para garantir a segurança do país diante da invasão russa, que já se arrasta há mais de dois anos. Segundo ele, se a saída do cargo for um fator determinante para convencer aliados hesitantes, ele não hesitaria em tomar essa decisão.

"Se minha saída for o preço para que a Ucrânia tenha segurança a longo prazo dentro da OTAN, então estou disposto a pagar esse preço", afirmou o presidente. No entanto, ele também enfatizou que qualquer decisão nesse sentido precisaria ser debatida com a população e com o Parlamento.

A declaração ocorre em meio a negociações diplomáticas intensas entre Kiev e os países-membros da aliança, que ainda relutam em acelerar o processo de entrada ucraniana, temendo um agravamento do conflito com Moscou. A Rússia já advertiu que a adesão da Ucrânia à OTAN seria considerada uma ameaça direta à sua segurança, o que poderia levar a uma escalada ainda maior da guerra.

Dentro da Ucrânia, a proposta de Zelensky pode gerar debates acalorados. Ele foi eleito em 2019 com um amplo apoio popular, mas seu governo tem enfrentado desafios imensos desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Seu comprometimento com a resistência contra Moscou o transformou em uma figura central na política global, garantindo apoio de potências ocidentais, como os Estados Unidos e países da União Europeia.

Ainda não está claro se os aliados da Ucrânia verão essa proposta como viável ou se a OTAN estaria disposta a condicionar a entrada do país à renúncia de Zelensky. O certo é que a declaração adiciona um novo elemento à complexa equação diplomática que envolve o futuro da Ucrânia no cenário internacional.

Fonte: tsf.pt

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem