Enviado de Trump Justifica Suspensão de Ajuda à Ucrânia

Enviado de Trump Justifica Suspensão de Ajuda à Ucrânia: 'Estavam a Pedi-las'

Keith Kellogg, enviado de Trump

O tenente-general na reserva Keith Kellogg, enviado especial do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Ucrânia e Rússia, afirmou que a recente suspensão da ajuda militar e de informações a Kiev já está a ter impacto significativo no país, comentando que os ucranianos "estavam a pedi-las".

As declarações de Kellogg surgem na sequência de uma reunião tensa entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Sala Oval da Casa Branca, que terminou sem a assinatura de um acordo sobre a exploração de recursos naturais ucranianos. Fontes presentes na reunião descreveram o encontro como marcado por "chantagem e gritos", com os EUA a exigirem controlo significativo sobre os recursos ucranianos sem oferecer garantias de segurança ou compensações adequadas.

Em resposta ao impasse, Trump ordenou a suspensão de toda a ajuda militar a Ucrânia, afetando armamento avaliado em milhares de milhões de dólares, incluindo material que estava prestes a ser entregue a partir da Polónia. Funcionários norte-americanos indicaram que a suspensão é temporária e poderá ser levantada se Zelensky pedir desculpas e demonstrar um compromisso renovado para negociar a paz com a Rússia.

Este movimento insere-se numa mudança recente na política externa dos EUA, com Trump a procurar uma aproximação à Rússia, excluindo a Ucrânia e a União Europeia das negociações de paz. Esta estratégia tem gerado divisões no Partido Republicano, com uma ala a apoiar Trump e os moderados a pedirem reconsideração.

A suspensão da ajuda militar ameaça a eficácia das defesas ucranianas e pode dar vantagem à Rússia no conflito em curso. A Europa, embora firme no seu apoio a Ucrânia, enfrenta o desafio de compensar a falta de assistência norte-americana, gerando inquietação tanto em Kiev como entre os aliados europeus sobre as implicações a longo prazo deste desvio na política externa dos EUA.

As negociações entre os EUA e a Ucrânia permanecem num impasse, com ambas as partes a mostrarem vontade de renegociar, mas o resultado continua incerto.

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