ONU alerta para crise tripla em Moçambique: conflito, desastres climáticos e deterioração socioeconômica

Alerta da ONU sobre Crises em Moçambique

Alerta da ONU sobre Crises em Moçambique

Alerta da ONU em Moçambique
Altos funcionários humanitários das Nações Unidas emitiram um alerta urgente sobre a situação crítica em Moçambique, destacando a convergência de três crises principais: conflitos armados, desastres climáticos recorrentes e uma deterioração socioeconômica significativa. Essa advertência foi feita após uma visita conjunta ao país por Joyce Msuya, Secretária-Geral Adjunta para os Assuntos Humanitários e Coordenadora Adjunta da Ajuda de Emergência, e Carl Skau, Diretor Executivo Adjunto do Programa Alimentar Mundial (PAM).

Impacto das Crises:

A escalada de violência no norte de Moçambique resultou no deslocamento de aproximadamente 715 mil pessoas. Paralelamente, os ciclones tropicais Chido e Dikeledi afetaram cerca de 680 mil indivíduos, exacerbando a já frágil situação humanitária. Esses desastres naturais devastaram serviços essenciais, infraestruturas básicas e meios de subsistência, afetando desproporcionalmente mulheres e meninas.

Visita às Áreas Afetadas:

Durante a visita, Msuya e Skau deslocaram-se à província de Cabo Delgado, especificamente aos distritos de Macomia, Pemba e Mecúfi, regiões severamente impactadas por conflitos e desastres climáticos. Em Mecúfi, eles visitaram um centro de distribuição de alimentos apoiado pelo PAM, que assiste cerca de 5.300 pessoas afetadas pelo ciclone Chido em dezembro de 2024.

Apelo por Assistência Internacional:

As Nações Unidas enfatizam a necessidade urgente de uma ação global coordenada para mitigar os efeitos dessas crises interligadas. Atualmente, apenas 3% dos 619 milhões de dólares necessários para assistir 2,4 milhões de pessoas em situação crítica foram recebidos. O PAM destaca a urgência de 170 milhões de dólares adicionais nos próximos seis meses para evitar uma crise de fome em larga escala.

Declarações dos Oficiais da ONU:

Joyce Msuya ressaltou as prioridades expressas pelas comunidades afetadas: "As comunidades deixaram bem claro: suas principais prioridades são uma paz duradoura, soluções habitacionais sustentáveis e educação para seus filhos." Carl Skau acrescentou: "A crise em Moçambique exige mais atenção; encontramos famílias devastadas pelo conflito, e o ciclone Chido veio destruir o pouco que lhes restava."

Conclusão:

A situação em Moçambique é crítica e requer uma resposta imediata da comunidade internacional para aliviar o sofrimento de milhões de pessoas e construir resiliência contra crises futuras.

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