Rússia e China reforçam apoio ao Irã em meio à pressão de Trump por novo acordo nuclear


 
A Rússia e a China reafirmaram seu apoio ao Irã diante das crescentes pressões dos Estados Unidos para renegociar o acordo nuclear. Enquanto o governo de Donald Trump busca endurecer as condições para um novo pacto, Moscou e Pequim destacam a importância de preservar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), assinado em 2015, como forma de garantir a estabilidade na região e evitar uma escalada de tensões.

Os Estados Unidos, que se retiraram unilateralmente do acordo em 2018, insistem que o Irã precisa aceitar novas restrições a seu programa nuclear e a suas atividades militares na região. No entanto, Teerã rejeita qualquer negociação sob sanções e exige o retorno dos EUA ao pacto original antes de qualquer conversa. Nesse contexto, China e Rússia, que ainda fazem parte do acordo, reforçam sua aliança com o Irã, condenando as medidas unilaterais de Washington e defendendo uma solução diplomática.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e seu homólogo chinês, Wang Yi, enfatizaram que as sanções americanas contra o Irã são ilegítimas e prejudicam os esforços internacionais para manter a paz no Oriente Médio. Além disso, ambos os países ampliaram a cooperação econômica e militar com Teerã, minando os efeitos das restrições impostas pelos EUA. Pequim, por exemplo, continua a importar petróleo iraniano, desafiando diretamente as proibições impostas por Washington.

Diante desse cenário, a pressão de Trump para um novo acordo encontra resistência não apenas do Irã, mas também de potências como China e Rússia, que têm interesses estratégicos na manutenção do atual pacto. A falta de consenso entre os principais atores internacionais aumenta a incerteza sobre o futuro das negociações nucleares, elevando os riscos de novas tensões no Golfo Pérsico.

observador.pt

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